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Cirurgia minimamente invasiva para tratamento oncológico

A cirurgia minimamente invasiva é tida por muitos como um divisor de águas em muitas especialidades e na área da oncoginecolgia não é diferente. Obviamente, as técnicas cirúrgicas de campo aberto também continuam evoluindo e sendo importantíssimas, mas os benefícios e vantagens da abordagem minimamente invasiva se destacam, principalmente para as pacientes: risco de infecções minimizado, menor perda de sangue, diminuição do uso de opióides, recuperação mais rápida, saída do hospital e retomada das atividades cotidianas antecipadas quando comparada a outras técnicas.

Atualmente, os três tipos de tumores ginecológicos em que as técnicas minimamente invasivas estão sendo mais frequentes são:

Câncer de endométrio:
É padrão-ouro o tratamento por via minimamente invasiva. Tratamento cirúrgico completo por via minimamente invasiva

Câncer de ovário: avaliação de ressecabilidade de doença por diversos critérios, um deles os de Fagotti

Câncer do colo do útero: Traquelectomia por via minimamente invasiva em tumores iniciais e mulheres jovens que desejam preservar a fertilidade. O tratamento do câncer de colo padrão é por via aberta desde 2018 após o trial LACC - mais estudos estão sendo conduzidos

É importante lembrar que alguns fatores práticos ainda não permitem a popularização dos procedimentos minimamente invasivos, principalmente os robóticos: o custo ainda é alto; nem todos os hospitais possuem infraestrutura e tecnologia necessária; nem todos os cirurgiões ginecológicos estão capacitados e habilitados para realizar esses procedimentos.

A tendência (assim como toda tecnologia) é de que, com o passar dos anos, esses fatores sejam superados e com isso os procedimentos minimamente invasivos sejam mais acessíveis, permitindo que mais mulheres possam se beneficiar deles.

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