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Contracepção e cirurgia bariátrica
Voltando ao tema, após realizarem a cirurgia bariátrica, em geral, a vida das mulheres realmente muda. E não é só no aspecto visual que estou falando. O organismo passa a se comportar de forma diferente e são necessários cuidados específicos com a saúde da mulher, especialmente no que diz respeito à contracepção.
Antes de fazer a cirurgia, ainda na condição de obesidade, a contracepção tem detalhes que são importantes. Existe um risco adicional de trombose no uso de pílulas anticoncepcionais e neste caso, os métodos chamados de longa duração, como os tipos de DIU e implantes são mais recomendados pela eficácia, segurança, e por não impactarem de maneira importante o risco de trombose e ganho de peso.
Depois da cirurgia, evitar a gravidez no período de 12 até 24 meses é uma recomendação médica estabelecida por consenso, e neste cenário a contracepção ganha ainda mais importância.
A grande maioria das pacientes realiza a cirurgia sem ter feito essa programação anteriormente e acabam engravidando em um período não seguro para mãe e feto! Com a cirurgia, a perda de peso acelera juntamente com a melhora da regularidade menstrual e também da fertilidade. Neste momento, os métodos com estrogênio e uso oral continuam oferecendo risco tromboembólico além de não serem absorvidos adequadamente – lembre-se que a absorção após a cirurgia bariátrica fica modificada. Os métodos de longa duração são ainda mais recomendáveis, especialmente os DIUs e implantes. E isso pode ficar estabelecido antes mesmo da cirurgia bariátrica, trazendo segurança para o procedimento e canalizando as preocupações após cirurgia.
Lembrando que o uso de qualquer dispositivo requer atenção especial, pois mais da metade das mulheres que realizam cirurgia bariátrica apresentará quadro de anemia.
Converse com seu ginecologista, com base no seu acompanhamento, ele poderá avaliar os métodos mais indicados que podem ser iniciados antes da cirurgia.