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Miomectomia com preservação de fertilidade

A cirurgia para retirada de miomas (tumores uterino benignos), mais conhecida como miomectomia, é um procedimento que vem sendo cada vez mais discutido nas relações ginecologista/paciente justamente por preservar a fertilidade. Ainda não há estudos conclusivos que determinem as taxas de gravidez da miomectomia quando comparadas ao tratamento clínico da doença, mas a preservação do útero (quando possível) deve ser uma prioridade para o cirurgião.

Segundo dados da Federação de Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - Febrasgo, que destaca a importância dos ginecologistas avaliarem a melhor alternativa para as pacientes com miomas, no Brasil, são realizadas cerca de 300 mil cirurgias para remoção do útero.

Certamente, parte significativa desses casos teve origem em diagnósticos de mioma que poderiam ser tratados com outra conduta que permitisse às pacientes uma gravidez futura.

Obviamente, essa é uma discussão que passa por critérios clínicos (tamanho do mioma, localização). Também vale ressaltar que o intra-operatório de uma miomectomia pode evoluir para uma histerectomia.

Dependendo da complexidade do caso, uma miomectomia pode gerar alterações na arquitetura uterina e, mesmo com a preservação do órgão, pode causar infertilidade.

Se levarmos em consideração as estimativas mundiais de que os miomas uterinos atingem 50% das mulheres em idade reprodutiva e que, atualmente, a histerectomia é a segunda cirurgia de médio e grande porte mais realizada em mulheres, temos a dimensão de como essa questão é importante.

Portanto, mulheres com diagnóstico de mioma e indicação de histerectomia, principalmente as que têm desejo de engravidar, podem procurar uma segunda opinião de um especialista. Isso é supercomum no meio médico e pode ser decisivo para seus planos futuros.

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