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Endometriose em homens trans
Nem todos os médicos estão aptos a lidar com essa situação, o que faz muitos homens trans esconderem a informação sobre a identidade de gênero durante as consultas e serem tratados de forma que não se sentem confortáveis e acolhidos. Ou ainda esconder a dor da endometriose.
Mesmo sabendo que exames mais invasivos são necessários, o contexto em que os atendimentos são realizados requer um cuidado diferenciado sobre como os homens trans se sentem. Existem estudos científicos que mostram essa necessidade e que a falta de atendimento ginecológico personalizado para essa população, a afasta dos serviços de saúde (link abaixo).
Os aspectos físicos, psicológicos e sociais da endometriose são dificílimos para as mulheres cis (pessoas que se identificam com o sexo atribuído no nascimento), também se impõem como um grande desafio para os homens trans. Além disso, um estudo de revisão sistemática de 2021 sugere que a prevalência de endometriose na população trans é maior que na população cisgênero. O cuidado precisa ser individualizado.
A sociedade e a ginecologia precisam abrir a cabeça e ampliar seus horizontes. No site Hormones Matter, há um testemunho de Lucas Fox, homem trans, sobre a sua jornada com a endometriose. O texto é de 2014, talvez um dos primeiros depoimentos do tipo feitos abertamente na internet. Vale a leitura e a reflexão sobre se de lá até agora, algo mudou.
links de referência:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1553465021005598
https://bit.ly/3pzdSmX
https://www.hormonesmatter.com/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18586186/
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